segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A preocupação com o plano político pedagógico (PPP)



O que é? Quem o faz? Quando se refaz?
Começo o tema de nossa aula com a minha vivência como aluna e posteriormente como professora.
Durante a minha graduação em licenciatura poucas vezes ouvimos falar sobre o Projeto Político Pedagógico (PPP), e que deveríamos nos preocupar em conhecer o PPP de cada escola. Nunca ouvi falar sobre PPC, e porque deveria conhecê-lo. Qual não foi a minha surpresa quando, já professora, no primeiro dia na escola em que fui lecionar me entregaram o PPC do curso técnico em Manutenção e Suporte em Informática.

A única coisa que eu sabia era que o PPP norteava as atividades de determinada instituição de ensino. Li o PPC, e a primeira coisa que descobri foi que PPP e PPC eram duas coisa bem diferentes. Como ninguém havia comentado isso antes? Descobri a importância do PPC para o curso e do PPP para a escola. Descobri que no PPP e no PPC haviam muitas propostas, das quais, algumas pareciam fantásticas, outras ultrapassadas, e outras um tanto distantes da dura realidade da escola, dos professores, dos alunos e também da comunidade circunvizinha.

Foram surgindo dúvidas, e fui buscando respostas na literatura atual. Percebi que o PPC norteia o curso, e o PPP norteia a escola.

Descobri que haviam muitos autores que poderiam contribuir, aumentar ou até sanar as minhas preocupações. Percebi que o PPP deve ter a contribuição da comunidade e dos professores, mas que na maioria das vezes o gestor assume a total responsabilidade de elaborar e/ou atualizar (SANTOS, 2002).

Costa (2007, p. 8) afirma que   "A  escola  é  um  espaço  privilegiado,  onde  seus  membros  desempenham papéis  de  atores  e  autores  do  processo  educativo  e  é  isso  que  suscita  a  construção  e vivência de um Projeto Político-Pedagógico." A autora afirma que para planejar o PPP é necessário encontrar no coletivo da escola respostas a uma série de questionamentos: "Para quê? O quê? Quando? Como? Com o quê? Por quê? Com quem?" (p. 9).

Batista (2012) verifica como é difícil falar em democratizar a construção do PPP quando os "protagonistas" nem mesmo conhecem sua importância. Ao fim, o que se percebe é a participação mínima destes na elaboração do PPP. Como resultado, temos um modelo não muito diferente daqueles elaborados unicamente pelo gestor.

"No  decorrer  do  processo  de  construção  do  projeto  político-pedagógico,  consideram-se  dois momentos interligados e permeados pela avaliação: o da concepção e o da execução. Para que possam  construir  esse  projeto,  é  necessário  que  as  escolas  reconhecendo  sua  história  e  a relevância  de  sua  contribuição,  façam  autocrítica  e  busquem  uma  nova  forma  de  organização do  trabalho  pedagógico  que  reduza  os  efeitos  da  divisão  do  trabalho,  da  fragmentação  e  do controle hierárquico" (VEIGA, 1998, p. 10).

O que é, então, o PPP? Qual sua importância? Qual o papel do professor na elaboração do PPP? Quando se atualiza o PPP? Quais fatores influenciam mudanças no PPP? Quais as contribuições que a experiência do professor podem dar ao PPP ? Quando a comunidade participa?

Assistam os vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=D-m-y3l7Sbo&feature=youtu.be
http://www.youtube.com/watch?v=5vV9Ra6z2aM&feature=youtu.be
e deixem seus comentários.
Abraço,
Profª Hosana Carolina dos Santos Barreto


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA, Keila Cristina. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: NA CONSTRUÇÃO DO IDEAL E OS  EMBATES COM O REAL. In: www.famper.com.br/download/pdf/keila_10.pdf.Acessado em: 05/09/2012.

COSTA, Gisele Maria Tonin da. A RESSIGNIFICAÇÃO DO  PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA ESCOLA:  DAS NECESSIDADES ÀS AÇÕES. Dissertação de Mestrado. Mestrado em Educação - Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo, 2007, 123 p.

SANTOS, Terezinha Fátima Andrade Monteiro dos. O PROJETO PEDAGÓGICO E A CONSTRUÇÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA DE QUALIDADE. Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/revistaic Vol 3,  março  2002.

VEIGA,  Ilma  Passos  A.  Escola:  Espaço  do  Projeto  político-pedagógico.  Campinas,  SP: Papirus, 1998. Coleção Magistério Formação e Trabalho Pedagógico.